A Investidura Sem Investido

A Investidura Sem Investido 1

O penúltimo capítulo da saga/fuga de Carles Puigdemont não estava escrito, no entanto era perfeitamente previsível. Mais cedo ou mais tarde tinha que partir pra cima e tentar o irreal, quer dizer, ser eleito presidente e, ao mesmo tempo, permanecer em independência, ao abrigo de teu exílio em bruxelas.

Como em maio de 68, sejamos realistas, peçamos o impossível. O ex-presidente da Generalitat, joga forte porque ele joga tudo. Só lhe restava uma carta, para a investidura telemática, algo que nunca foi feito, entre algumas razões, em razão de, e também absurdo, é ilegal.

Uma vez conseguido o cetro recuperar a legitimidade perdida com a aplicação do artigo 155 há de imediato 3 meses e podia encaminhar-se chamando, um a um, à porta de todas as chancelarias europeias pra recitar a tua ladainha. Isso, entendia ele, obrigaria o Governo a vir a qualquer tipo de acordo, ante a mesa que incluísse livrar-se da prisão.

o Seu regresso a Barcelona seria glorioso, digno de atravessar pras crônicas. Com isto, Puigdemont nos diz duas coisas. A primeira é que teima em desconhecer que a Espanha é um Estado de Direito, perfeitamente comparável com cada outro da Europa ocidental.

Não busca o Governo, ele procura o Tribunal Supremo. A segunda é que a covardia é, com distinção, a pulsão que lhe entende. Ele, que tão arrojado contou-se para botar tudo de cabeça para nanico, ele tem pânico para a célula, tanto que está decidido a não ir nem sequer um minuto a sombra.

  1. Oitenta anos…..”tudo alopátrico..salvo estes exemplos que são a ponta do iceberg….”
  2. Vinte e um de março: Moncho Alpuente (65), jornalista, escritor, humorista e músico (n. 1949).[235]
  3. Sai à venda o console Atari 2600
  4. Prêmio Clarín por às 8,15. (Narração breve)

Pra isso parece disposto a qualquer coisa, incluindo a destruição de seu próprio partido. Por uma vez, o Estado tomou a dianteira e obriga aqueles que o desafiam a inventar. Torrent localiza-se perante um dilema. Pode enrocarse com o fugitivo, doar curso a tua ordem do dia e candidatar-se a Puigdemont como presidente. Se saltaria em seguida, o parecer do Constitucional. Lugares têm para cometer de novo a alcaldada.

Estaríamos diante de uma forcadellización recorde, só 15 dias, desde que foi eleito presidente da câmara. Desta vez, não fará ausência recurso, imediatamente está recorrido a título de precaução. A partir daí, domina o que lhe espera. Torrent não pertence ao mesmo partido que Puigdemont.

Seu chefe se está na prisão e, o que é pior, o independentismo corre o risco de ser liquefeito distante do orçamento. Levam desde outubro sem dar as libações a próvida teta do Estado, a mesma da que se dão de mamar desde o seu nascimento. Puigdemont é um reator, todos o sabem. Não dirão em alta, não saber. Como dizia Ray Liotta, interpretando o mafioso Henry Hill em “Goodfellas”, se tivesse sido um dos nossos, não teria chamado a porta.